Política é uma vida difícil.
Para os políticos ou para os cidadão votantes. Para ambos. O
candidato precisa estar sempre de bem com a vida. SORRINDO. Nunca
pode dizer NÃO. Nunca fica doente, nunca sente dor, muito menos fome
ou sede. MEMÓRIA pra lembrar-se do nome de todos os eleitores,
afinal todos somos importantes e únicos no mundo e devem ser
lembrados. Concordo embora não faça essa exigência.
Na verdade parece com muitas
profissões: Médico, polícia, padre, pastor…por razões óbvias
(são endeusados – não sentem – apenas cuidam de nós – ao
menos deveria ser - não são muito humanos – talvez não sejam
mesmo).
O eleitor então tem a vida
mais difícil ainda. A maioria não tem comida, médico, uma polícia,
um padre ou pastor que cuide bem deles – que dirá bens de consumo
como: roupas decentes, recursos tecnológicos – estudo formal que
ensine-o a se defender das adversidades da vida.
É a expressão popular: “Tá
ruim? Tem um pior que você.”
Numa noite pode-se cumprimentar
centenas de pessoas, num aceno que pode atingir milhares, com aperto
de mãos, abraço e tapinhas nas costas. É como se a cada aperto de
mão uma mensagem fosse incutida:
- Me
ajude. Diz o candidato.
- Me
ajude também. Diz o eleitor.
- Preciso
de você para que possa realizar seus sonhos.
- Quem não precisa.
- Sem
seu apoio não posso representar você!
Me
dê a mão e me dê também sua força, disposição, coragem,
apoio e JUNTOS chegaremos lá! Chegar onde mesmo? Cada um tem seu
sonho e acredita que está convencendo o próximo a irem juntos.
Difícil é o sonho ser o mesmo. Uma coisa acontece muito, um dos
dois elos da corrente pode abandonar o trato imaginário a qualquer
momento, basta uma indisposição qualquer. Basta que outra pessoa
ofereça uma oportunidade melhor. Então o primeiro passo para se
comprometer com alguém é conhecer sua índole e procedência –
CONHECENDO o outro, um elo de amizade e admiração pode se
estabelecer, assim se pode de fato avaliar o quanto vale o
compromisso que se tem com as coisas corretas – com o bigode.
Se realmente cada
aperto de mão fosse um compromisso de eleitor e candidato,
seria uma enorme corrente que poderia fazer grandes
transformações: LENDO
Temo
que a maioria que recebe o aperto de mão não leia tudo o que
precisam sobre os candidatos. Falta letramento, malícia política,
interpretação de leis, TEMPO, dinheiro, acesso, comida do
fortalecimento corpóreo e mental.
Investir em EDUCAÇÃO
para a vida. Educação Transformadora.
Suspiro.
Profundo
suspiro. Quero demais!
Suspiro
por este mundo melhorar pra todos, o que inclui dividir um pouco do
que tenho. DIVIDIR? Ninguém quer dividir, provavelmente CONSUMIR.
Quando
um candidato aperta minha mão – penso imediatamente naquilo que
posso consumir daquela aproximação.
Pensamos
muito em nós mesmos, nas diversas formas e garantirmos nosso futuro
e da nossa família. Mas não compreendemos que deste pensamento
também contribuímos para que as coisas continuem como estão.
APERTEMOS
AS MÃOS para sentir a realidade do próximo – não com cunho
meramente socialista, onde um pai divide o que tem em casa em partes
iguais para todos os filhos.
Apertem-se
as mãos e leiam se aquela pessoa pode realmente representar não os
seus anseios e necessidades, mas a necessidade coletiva.
É
isso que um educador deveria saber tão bem. OLHAR.
EXAMINAR. LER. ENTENDER. REPASSAR e DESPERTAR.
Todos
nós precisamos ser POLÍTIOS, ler – olhar – examinar –
entender – repassar – despertar para o que seja político. Não
podemos avaliar com lucidez aquilo que não se conhece. É possível
sim examinar algo ou assunto sem se contaminar. É preciso avaliar
verdadeiramente considerando as inúmeras possibilidades em se
apertar as mãos dos desconhecidos.
Apertem
as mãos!
Ariquemes
04 de julho de 2010.
Erika
Candida Rosa
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